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De la Cruz Avalia Primeiro Ano no Flamengo e Promete Retorno ao Clube

Por Redação Flapress em 21/01/2025 01:10

Adaptação e Desafios no Rubro-Negro

Nicolás De la Cruz chegou ao Flamengo no início de 2024, carregando consigo a expectativa de ser um dos principais reforços da equipe. Contudo, o desempenho em campo não alcançou o nível desejado, tanto para o jogador quanto para a torcida. O meio-campista uruguaio, em entrevista exclusiva, revelou que se sentiu em débito com o clube, reconhecendo a necessidade de corresponder ao alto investimento feito em sua contratação.

Durante a pré-temporada nos Estados Unidos, De la Cruz , conhecido como Nico, dividiu seu primeiro ano no Flamengo em dois momentos distintos: antes e depois da Copa América. As lesões que o perseguiram no segundo semestre o impediram de alcançar sua melhor forma e disputar a quantidade de jogos que almejava. Agora, mais adaptado ao futebol brasileiro, ele se diz preparado para o próximo ano.

?Eu conhecia o Flamengo mais pelo externo e pelo que comentavam Giorgian (Arrascaeta) e Viña na seleção. Tinha desejo de conhecer o que é o mundo Flamengo internamente. Encontrei tudo o que pensava e imaginava, creio que nesse sentido para mim foi muito importante me deparar com um clube que sabia o que queria, o seu propósito?, declarou De la Cruz , expressando sua admiração pela estrutura e ambição do clube.

Responsabilidade e Compromisso

De la Cruz enfatizou a responsabilidade que sente em retribuir a confiança depositada nele pelo clube, afirmando: "Obviamente que estava tudo muito lindo, mas tinha que jogar, tinha que render, sabia o preço alto que haviam pagado por meu passe, então também é uma responsabilidade, um compromisso que eu sinto internamente que tenho que devolver ao clube a impressão que tinha criado."

Lesões e a Queda de Rendimento

A adaptação inicial de De la Cruz ao Flamengo foi marcada por atuações consistentes e sua rápida ascensão como titular. No entanto, a regularidade caiu no segundo semestre devido a lesões. Ele foi para o departamento médico três vezes a partir de julho, sofrendo um trauma no joelho direito e duas lesões musculares na coxa. Após a Copa América, o jogador atuou em apenas metade dos jogos do Flamengo e ficou de fora das finais da Copa do Brasil.

De la Cruz refletiu sobre o período de adaptação e o início promissor: "Comecei bem, me sentia bem, com o decorrer dos meses fui me adaptando ao que era o futebol brasileiro. Fui entendendo que o Carioca era um período de transição para o que vai ser a preparação para o ano. Conseguimos vencê-lo e foi importante, porque sempre digo que ganhar também se treina, eu não gosto de perder. Nem no truco, Arrasca pode confirmar (risos)."

Autocrítica e Recuperação

O meio-campista reconheceu que as lesões e o desgaste físico e mental impactaram seu desempenho: "Mas à medida que foram passando os meses, fui me sentindo um pouco mal com meu físico, começaram as dores, comecei a sofrer algumas pequenas lesões que foram-se agravando à medida que continuava o ano. Tentei mudar algumas coisas da minha vida cotidiana para voltar a me sentir pleno.?

Ele também destacou a importância do esforço, mesmo em condições não ideais: "Às vezes a gente joga bem e às vezes não, mas nunca vou negociar o esforço. Às vezes estava 100%, às vezes estava a 70, a 80%, mas tentava jogar, porque isso é o que melhor sei fazer. A verdade é que me custou muito ao final do ano. Creio que depois da Copa América, que para mim foi um desgaste mental importante, aí meu nível começou a abaixar consideravelmente, eu sou o primeiro responsável e o primeiro que faz autocrítica disso."

Expectativas para o Futuro

De la Cruz mencionou a conversa com o técnico Filipe Luís, que o ajudou a se reerguer: "Depois, ao final do ano, quando chega Filipe, que começamos a falar e a entender um pouco do ele esperava de mim, obviamente que ali tudo voltou a se reconstruir. Creio que não terminei o ano da melhor maneira, mas já está se desenhando o que vai ser esse próximo ano, e nas férias foi mais ou menos o que tentei fazer."

O "Quadrado Mágico" e o Espírito de Equipe

A expectativa da torcida para a formação de um novo "quadrado mágico", com Pulgar, De la Cruz , Gerson e Arrascaeta, não se concretizou devido às lesões e convocações. Os quatro jogadores atuaram juntos em apenas 16 dos 75 jogos do Flamengo em 2024.

De la Cruz ressaltou a qualidade do elenco do Flamengo, afirmando: "São apenas quatro jogadores dos muitos que podem jogar. O bom da equipe é que tem nomes renomados em todas as posições que podem jogador da mesma forma ou às vezes melhor, porque no futebol há momentos bons e ruins. O treinador é quem sabe o momento e a necessidade da partida para qual jogador tem que jogar."

Ele complementou destacando a mentalidade vencedora do grupo: "Tem jogadores de seleção, de renome, que ganharam coisas importantes no clube e que querem seguir ganhando, porque às vezes tem quem pensa: 'Já ganhei', 'já cumpri'. Estou tentando constantemente me esforçar o máximo para voltar a ganhar, para voltar a ser competitivo."

A Influência dos Uruguaios e a Adaptação no Brasil

O jogador faz parte do grupo de uruguaios do Flamengo , que inclui Varela, Viña e Arrascaeta . Ele revelou a importância de Arrascaeta em sua decisão de se juntar ao clube: "Eu vir para cá também tem um pouco a ver com isso, nos dias da seleção me mandaram mensagem: 'Vai vir? Te esperamos'. Creio que a insistência também do Giorgian me fez decidir vir."

Nico também falou sobre o processo de adaptação no Brasil: "Obviamente que chegar a um país novo, com um idioma diferente, por mais que seja compreensível, no começo é complicado. Tenho duas filhas que tinham que se adaptar a tudo de novo. Foi uma decisão que tomei em conjunto com a minha família, é um grande desafio. A relação com os uruguaios também ajudou, bom saber que estaria rodeado em qualquer circunstância que poderia acontecer."

A união do grupo uruguaio também se estende para além do campo: "Não aconteceu muitas coisas, só churrascos (risos), mas fomos ficando mais unidos. Estamos os quatro no mesmo condomínio, então vamos caminhando para a casa um do outro. No dia a dia nos ajudamos. Estamos longe das nossos famílias, então ter essa segunda família é importante."

A Curiosidade sobre o Nome

No Brasil, o jogador passou a ser chamado de De la Cruz , algo que não acontecia em seus clubes anteriores. "As pessoas nunca me chamaram de De la Cruz , nem no Uruguai nem na Argentina, mas sabia que aqui ia acontecer isso porque ouvia 'Arrasca, Arrasca', a gente não diz Arrasca também. Para nós é Giorgian. No Uruguai me chamavam de Bolita, porque chamavam meu pai de Bola e obviamente o filho tem que ser Bolita."

Ele brincou com a situação: "Se estou caminhando na rua e me chamam de Nico, eu atendo. Se dizem De la Cruz eu tento abaixar a cabeça e sair (risos)."

A Inspiração do Irmão

De la Cruz também compartilhou a influência de seu irmão, Carlos Sánchez, que também é jogador de futebol e atuou no Brasil. "Eu comecei a jogar futebol com 3, 4 anos e, quando comecei a compreender um pouco o que era o futebol, era olhando ele. Para mim é meu ídolo máximo, é a referência que sempre tive como jogador."

Ele revelou que a experiência do irmão no futebol brasileiro foi um fator importante em sua decisão de se juntar ao Flamengo : "Na hora de vir para o Brasil, quando tive que tomar uma decisão se continuava no River ou saía, uma das coisas que eu coloquei na balança foi que meu irmão me disse que seria bom eu provar o futebol brasileiro."

O jogador destacou a competitividade do futebol brasileiro: "É um futebol muito competitivo, das melhores ligas, o campeonato é muito competitivo, o time para o qual eu viria era muito grande, que sempre mirava ganhar e era o que eu buscava. Tive muitas propostas financeiramente melhores, mas decidi vir aqui pelo que era o futebol, a competitividade, porque sou uma pessoa que gosta de competir. Decidi vir aqui para competir e ganhar, que é o que eu busco. Mais do que competir, venho para ganhar."

Versatilidade em Campo

De la Cruz falou sobre sua versatilidade em campo: "No decorrer dos anos como jogador de futebol eu experimentei muitas posições. Comecei jogando como segundo atacante, extremo, joguei por dentro, joguei por fora, foi variando muito. Mas creio que nos últimos tempos me adaptei mais ao meio-campo de contenção."

Ele se mostra disposto a atuar onde o treinador precisar: "Na seleção jogo um pouco mais à frente, no clube um pouco mais atrás, mas tento me adaptar sobretudo pelo bem da equipe, pelo que o treinador pede. Tenho a liberdade de me expressar, de dizer 'me sinto melhor aqui', 'creio que me sinto melhor nessa posição', mas se o treinador vem e diz: 'Nico, poder ser o goleiro?'. Vamos nessa. O que tento é ajudar a equipe, jogar na posição que o treinador decidir, então se o treinador disser que eu tenho que jogar como goleiro obviamente vai saber que não é meu forte, mas vou tentar ajudar."

O jogador finaliza destacando o espírito de equipe: "E se acontecer de eu sair atrás, começar no banco, tentarei me esforçar ao máximo para mostrar a ele e ao companheiro que está jogando que também quero jogar."

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Comentado em 21/01/2025 05:50 Esse ano é nosso. Vai Flamengo!
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Comentado em 21/01/2025 04:20 Salve, Nico! Faz um golzinho pra gente! Kkkkk
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Comentado em 21/01/2025 02:50 Vamos, De la Cruz! Você vai mostrar sua garra e nos ajudar a conquistar muitos títulos em 2025!
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