Flamengo Sob Landim: Análise de Investimentos e Contratações

O período sob a liderança do presidente Rodolfo Landim no Flamengo, que está prestes a se encerrar, foi marcado por um volume expressivo de investimentos em contratações. Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, foi eleito para suceder Landim no triênio 2025-2027. O mandatário atual, que assumiu o comando do clube em 2019 e foi reeleito em 2021, encerra seu ciclo no final de 2024, após seis anos à frente da instituição. Durante sua gestão, o Flamengo investiu mais de R$ 1 bilhão em 41 contratações.

Ao longo desses seis anos, o Flamengo teve uma média de quase sete reforços por temporada (6,8). As temporadas de 2019 e 2022, embora não tenham sido as de maiores investimentos, foram as que registraram o maior número de contratações ? e, curiosamente, coincidem com os anos das conquistas das duas Libertadores. Em média, cada contratação custou quase R$ 28 milhões neste período.

O levantamento realizado não leva em conta despesas com luvas, extras e intermediários. Considerou-se apenas o custo para aquisição dos direitos dos atletas, incluindo os impostos das operações.

Avaliação das Contratações: Sucessos e Fracassos

Alguns jogadores contratados durante a gestão Landim se tornaram ídolos da torcida e peças-chave em conquistas importantes, enquanto outros não conseguiram atender às expectativas. A gestão atual é a que mais investiu em novos jogadores, com cerca de R$ 300 milhões em oito reforços. O ano de 2020 foi o segundo maior em investimentos, com R$ 268 milhões gastos em sete jogadores.

Gabigol, Bruno Henrique, Pedro, Arrascaeta e Filipe Luís formam o quinteto com as melhores médias de avaliação, segundo jornalistas que acompanharam de perto a gestão. Esses jogadores são considerados personagens de uma geração vitoriosa de rubro-negros, que se formou a partir do ano mágico comandado por Jorge Jesus.

A análise do desempenho em campo e o retorno esportivo foram os principais critérios utilizados na avaliação dos jogadores, mas o valor investido e a expectativa gerada também influenciaram as notas. Os 13 títulos conquistados nos últimos seis anos naturalmente elevam a avaliação, especialmente daqueles que estão no clube desde 2019. Dunshee se manifestou após a derrota na eleição do Flamengo : "Entregamos um clube muito melhor e mais vencedor".

Foto: (Gilvan de Souza/CR Flamengo)

Investimentos por Temporada e Posição

Durante o período analisado, o presidente Rodolfo Landim contou com o apoio direto de Marcos Braz (vice-presidente de futebol) e Bruno Spindel (diretor executivo) para as tomadas de decisão. Foi criado o Conselho de Futebol, que acompanha de perto as decisões. Inicialmente, o conselho era formado por Luiz Eduardo Baptista (Bap), Dekko Roisman, Fabio Palmer e Diogo Lemos, além de Braz e Landim. Na reta final da gestão, a formação contava com Braz, Landim, Diogo, Reinaldo Bellotti (CEO do clube), Bernardo Amaral (VP de planejamento) e José Luiz.

O setor ofensivo foi o mais reforçado na gestão Landim, com a contratação de 11 atacantes. O número de zagueiros contratados também chama a atenção: nove. Curiosamente, apenas dois goleiros foram buscados no mercado nesse período. Vale ressaltar que Diego Alves, contratado ainda por Eduardo Bandeira de Mello, foi o titular da posição por anos.

Análise Detalhada dos Investimentos da Era Landim

Das 41 contratações, na verdade, são 39 nomes diferentes, já que Gerson e Michael foram contratados em dois momentos distintos. Gerson chegou em 2019, teve uma passagem rápida pela Europa e retornou em 2023. Michael foi contratado em 2020, deixou o clube e retornou em 2024. A nota final de cada um deles é a média dos dois períodos.

A gestão do presidente Landim realizou 41 contratações para o time profissional, totalizando um investimento de R$ 1.145.697.000 nos últimos seis anos.