Flamengo: Acesso à Superliga B Ameaçado por Irregularidades

Flamengo na Superliga B: Acesso Ameaçado por Irregularidades

O Flamengo, campeão da sede Sudeste da Superliga C no dia 12 de outubro, conquistou o acesso à Superliga B, a segunda divisão do vôlei nacional. No entanto, essa conquista pode ser revertida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Clubes adversários do Flamengo , Realizar Santos Fupes e Vôlei Louveira, alegam que duas jogadoras rubro-negras atuaram de forma irregular na competição.

Irregularidades na Superliga C: Denúncias de Clube Adversários

As equipes paulistas enviaram documentos à Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) pedindo punição ao Flamengo , incluindo a aplicação de W.O. (Walk-Over) e perda de pontos.

O Realizar Santos Fupes, diante da resposta negativa da CBV, estuda levar o caso à Justiça e já iniciou consultas com um escritório de advocacia.

O que Dizem os Clubes Adversários?

As reclamações do Vôlei Louveira e Realizar Santos Fupes foram inicialmente divulgadas pelo jornal "O Tempo" e confirmadas pelo portal ge.

Os ofícios das equipes enviadas à CBV se baseiam no 44º artigo do regulamento da Superliga C, que afirma:

?Os clubes com o mesmo CNPJ ou que sejam administrados, geridos ou possuam influência, direta ou indireta, de um mesmo grupo, de uma equipe da SUPERLIGA A OU SUPERLIGA B, deverão disputar a SUPERLIGA C, sob as seguintes condições, sem prejuízo das demais disposições legais e regulamentares: §1° - Será permitida apenas a participação de atletas sub-21, ou seja, atletas nascidos em 2004.?

O Vôlei Louveira e o Realizar argumentam que o Flamengo está associado ao Sesc-Flamengo, equipe da elite da Superliga Feminina, "dividindo uniformes, atletas e até treinamentos".

De acordo com essa interpretação, o Flamengo , na terceira divisão nacional, deveria utilizar apenas jogadoras nascidas a partir de 2004.

No entanto, duas atletas inscritas pelo Flamengo , Juliana Becker Pires Vaz (27 anos) e Rebeca Bispo Silva Medeiros (33 anos), não se encaixam nesse critério.

A CBV e o Flamengo se Manifestam

Para fortalecer a ideia de uma relação entre Flamengo e Sesc-Flamengo, o ofício enviado pelo Vôlei Louveira à CBV cita o caso da levantadora Clara, de 19 anos.

Clara teve sua renovação anunciada nas redes sociais do Sesc e foi inscrita pelo Flamengo para a disputa da Superliga C.

A CBV, em resposta às alegações, afirma que "os clubes Rio de Janeiro Vôlei Clube (SESC) e Clube de Regatas do Flamengo são pessoas jurídicas distintas, com CNPJs diferentes e administrados de forma independente. Os dois clubes não possuem qualquer tipo de influência entre si, de forma direta ou indireta, não se enquadrando no que se estabelece no artigo 44º do regulamento da Superliga C 2024?.

O Flamengo , por sua vez, declara: "O Clube de Regatas do Flamengo esclarece que a equipe de vôlei feminino que disputou a Superliga C tem o CNPJ do clube, ao contrário do time que atua na Superliga A, que possui CNPJ do Rio de Janeiro Voleibol Clube?.

O Futuro do Acesso do Flamengo

O Realizar Santos Fupes, que afirma não ter sido contatado pela CBV, estuda levar o caso ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O clube se reuniu com um escritório de advocacia para consultas iniciais.

O Vôlei Louveira, por sua vez, declara que acata o posicionamento da CBV e se concentra na disputa da repescagem da Superliga C, visando o acesso à segunda divisão nacional.

Entenda o Formato da Superliga C

A Superliga C, terceira divisão do vôlei brasileiro, reúne mais de 60 equipes, divididas em torneios regionais.

Os campeões de cada região (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste) garantem acesso direto à Superliga B.

Na sede Sudeste, o Flamengo venceu os quatro jogos realizados no Rio de Janeiro, entre 7 e 12 de outubro, superando Clube Paineiras do Morumby, Vôlei Louveira, Nova Geração Pouso Alegre e Realizar Santos Fupes.

Os segundos colocados de cada região (Vôlei Louveira, no caso do Sudeste) disputam uma repescagem para definir a última vaga na Superliga B.

A repescagem, inicialmente prevista para iniciar em 18 de outubro, ainda não tem data definida.

O futuro do acesso do Flamengo à Superliga B permanece incerto, dependendo da decisão do STJD sobre as denúncias de irregularidades. O caso promete gerar debates e controvérsias no mundo do vôlei brasileiro.