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A Despedida de Gabigol: Uma Análise Crítica da Temporada e Seu Legado no Flamengo
Por Redação Flapress em 30/12/2024 15:20
A trajetória de Gabriel Barbosa, o Gabigol, no Flamengo chegou ao fim após seis temporadas marcadas por conquistas e idolatria. No entanto, sua despedida não ocorreu sem controvérsias, especialmente após um último ano de desempenho considerado "ridículo" pelo colunista Paulo Vinícius Coelho, no programa De Primeira. Conforme o próprio PVC declarou, "Gabigol fez 38 jogos e 8 gols ? quatro na Série A, dois na Copa do Brasil e dois no Carioca. É ridículo, o ano dele foi ridículo."
O Declínio de Gabigol na Última Temporada
O colunista aponta que a temporada final de Gabigol no clube foi a pior de sua passagem pelo Flamengo . Ele atribui esse declínio a uma combinação de fatores: uma crise física inicial e uma subsequente crise tática. "Acho que tem duas questões que pesam nesse número dele, na pior temporada dele no Flamengo . Ele começa a relação com o Tite numa crise física e passa a ter uma crise tática", afirmou Paulo Vinícius Coelho. Essa análise sugere que a falta de desempenho não foi apenas uma questão de má fase, mas sim um reflexo de problemas mais profundos.
Além disso, PVC argumenta que Gabigol teve sua parcela de responsabilidade na diminuição de minutos em campo durante a gestão de Tite. O colunista destaca que o atacante nunca foi o centroavante ideal para o estilo de jogo do treinador. "Na minha concepção, não foi um trabalho maquiavélico do Tite, foi uma junção de um problema físico com a questão tática", explicou PVC.
Para PVC, "Eu continuo achando que o Tite não tem nada pessoalmente contra o Gabigol , mas o Tite pensa um tipo de jogo em que o Gabigol não encaixa, porque o Gabigol não é centroavante, o Gabigol é ponta de lança, é atacante de movimentação, e o Tite gosta do centroavante". Essa divergência tática, segundo o colunista, contribuiu para o afastamento do jogador do time titular.
A Comparação com Dudu e a Relação com Tite
A situação de Gabigol foi comparada por PVC com a de Dudu, do Palmeiras, ambos enfrentando dificuldades para manter a continuidade em campo após lesões. "O Tite poderia ter colocado mais o Gabigol , mas ele teve lesões no caminho que atrapalharam que ele tivesse continuidade. É um caso parecido com o Dudu no Palmeiras no retorno da lesão", disse o colunista.
A relação entre Gabigol e Tite também foi objeto de análise. Segundo PVC, a falta de oportunidades gerou um distanciamento entre jogador e treinador. "Foi virando uma bola de neve, o Gabigol passou a olhar para o Tite como alguém que não o ajudava e aí a relação foi piorando, o que ele só expôs depois que o Tite foi embora", comentou o colunista, revelando um clima de tensão nos bastidores.
O Legado de Gabigol no Flamengo
Apesar das dificuldades da última temporada, é inegável o legado de Gabigol no Flamengo . O atacante deixa o clube após seis temporadas com um impressionante currículo de 13 títulos, incluindo duas Libertadores, dois Campeonatos Brasileiros e duas Copas do Brasil, além de conquistas estaduais, Recopas e Supercopas. Em números, foram 161 gols em 308 jogos pelo Rubro-Negro, números que o consolidam como um dos maiores ídolos da história recente do clube.
A Mudança de Comando e o Estilo de Filipe Luís
A chegada de Filipe Luís como técnico trouxe uma nova dinâmica ao Flamengo . PVC destaca que Filipe Luís conquistou rapidamente a torcida por entender o que ela espera do time em campo. "O Filipe Luís tem uma característica, e a gente fala muito que o Jorge Jesus é uma inspiração para o Filipe Luís , mas é principalmente uma inspiração para o Filipe Luís por compreender que a torcida do Flamengo quer o time no ataque sempre que possível, marcando pressão na saída de bola", explicou o colunista, evidenciando uma mudança de filosofia em relação ao período de Tite.
Em suma, a saída de Gabigol do Flamengo marca o fim de um ciclo de um jogador que, apesar de um último ano conturbado, deixou uma marca indelével na história do clube. Sua trajetória é um lembrete de como o futebol pode ser imprevisível e como a adaptação tática e a relação entre jogadores e treinadores podem influenciar o desempenho de um time.
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