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O Jogo Político: A Construção do Novo Estádio e as Eleições no Flamengo
Por Redação Flapress em 04/10/2024 10:30
O Novo Estádio do Flamengo: Uma Arena de Jogo Político
A assinatura do termo de posse do terreno do Gasômetro, palco do futuro estádio do Flamengo, marcou um momento crucial para o clube. A data, 3 de outubro, não foi escolhida por acaso. Com eleições municipais e presidenciais no clube se aproximando, o evento se tornou um campo fértil para demonstrações de força e manobras políticas.
As eleições municipais no Rio de Janeiro estavam agendadas para o domingo, 06 de outubro, enquanto a disputa pela presidência do Flamengo aconteceria em 9 de dezembro. Essa proximidade temporal intensificou a corrida pela cessão do terreno, beneficiando ambos os lados: Eduardo Paes, prefeito em busca da reeleição, e Rodolfo Landim, presidente do Flamengo que buscava eleger seu sucessor.
A força política do projeto do novo estádio transcendeu os muros do clube e se espalhou pelos corredores da prefeitura e do Gasômetro. A presença de candidatos à presidência do Flamengo e à prefeitura do Rio no evento demonstrava a importância estratégica do projeto para ambos os lados.
Influência Política e Marketing Eleitoral no Flamengo
Eduardo Paes, embora ausente do evento por conta das leis eleitorais, fez questão de comunicar nas redes sociais sobre os avanços do projeto do estádio, frequentemente ao lado do deputado federal Pedro Paulo. Em entrevistas, Paes destacou suas ações em prol dos quatro grandes clubes cariocas e até mesmo de times menores.
O tema do novo estádio também se tornou um trunfo para os candidatos à presidência do Flamengo . Marcos Braz, candidato a vereador, prometeu garantir a aprovação do potencial construtivo da Gávea na Câmara Municipal. Cacau Cotta, outro nome forte no clube, se tornou um defensor do projeto, explorando o tema em suas falas públicas, apesar de ter deixado o cargo de relações institucionais do Flamengo há alguns meses.
As disputas eleitorais, tanto dentro do clube como na cidade, geraram um clima de tensão e disputas entre os candidatos. A candidatura de Cacau à Câmara de Vereadores, por exemplo, gerou um racha na diretoria, afastando Marcos Braz do dia a dia do futebol.
O Novo Estádio e a Disputa Interna no Flamengo
A entrega das chaves do terreno do Gasômetro se transformou em um palco para a campanha eleitoral dentro do Flamengo . A presença de Rodrigo Dunshee, candidato da situação, e Marcos Bodin, vice-geral de sua chapa, no evento foi estrategicamente planejada.
Rodolfo Landim, em seu discurso, enfatizou a importância da eleição de seu indicado, Dunshee, para garantir a construção do novo estádio. Dunshee, que antes era um personagem discreto, tem se tornado cada vez mais visível, concedendo entrevistas nos canais oficiais do clube.
A crescente presença de Dunshee no dia a dia do clube gerou questionamentos sobre a divisão de responsabilidades entre ele e o CEO Reinaldo Belotti. Dunshee chegou a assumir o lugar de Landim em eventos, como a apresentação de jogadores, quando o presidente estava ausente.
A construção do novo estádio, além de ser um marco para o Flamengo , se tornou um campo de batalha político. A proximidade das eleições no clube e na cidade do Rio de Janeiro intensificou as disputas e as manobras políticas, transformando o projeto em um jogo de poder.
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