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Flamengo Reavalia o Projeto do Estádio no Gasômetro sob Nova Gestão

Por Redação Flapress em 21/01/2025 06:10

Revisão Estratégica do Projeto do Estádio

Sob a nova liderança de Luiz Eduardo Baptista, o Flamengo iniciou uma reestruturação abrangente, que vai além das mudanças no departamento de futebol. Um dos pontos centrais dessa nova fase é a revisão do projeto de construção do estádio no terreno do Gasômetro, uma iniciativa que havia perdido destaque desde as últimas eleições. O terreno, adquirido por aproximadamente R$ 170 milhões durante a gestão de Rodolfo Landim, agora passa por uma análise minuciosa para garantir sua viabilidade e alinhamento com os objetivos do clube.

A nova diretoria estabeleceu duas prioridades imediatas: a realização de um novo estudo de viabilidade e discussões com a Prefeitura do Rio de Janeiro sobre os prazos de construção. A administração anterior havia previsto a inauguração do estádio para 15 de novembro de 2029, data que marcaria os 134 anos do clube. No entanto, a nova gestão busca uma análise mais aprofundada para garantir que o projeto seja sustentável e realista.

Reestruturação no Flamengo: Novo Estudo e Debate sobre o Estádio do Gasômetro
Foto: ( Reprodução)

Novo Estudo de Viabilidade em Andamento

A gestão anterior havia utilizado um estudo de viabilidade técnica da consultoria "Arena Events+Venues", que detalhava diversas obras na região para facilitar o acesso ao estádio, incluindo passarelas, túneis e ciclovias. No entanto, o presidente Bap, ao assumir o cargo, expressou desconhecimento sobre a existência de um estudo de viabilidade financeira-econômica, declarando: "A discussão do estádio ficou contaminada no processo eleitoral. Não existe um estudo de viabilidade financeiro-econômica até agora. Ninguém constrói do zero sem um estudo desse, e no Flamengo não é diferente. Esse é o projeto da vida do clube."

Diante dessa lacuna, a nova diretoria contratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para conduzir um novo estudo de viabilidade. A FGV Projetos é reconhecida por sua expertise em auxiliar no desenvolvimento de projetos nas áreas de economia, finanças, gestão e políticas públicas, o que indica um esforço para abordar o projeto de forma mais completa e robusta.

Desconfianças e Reavaliação Financeira

Em novembro, a gestão de Landim apresentou um estudo preliminar de arquitetura e engenharia aos sócios, estimando um investimento total de R$ 1,93 bilhão, com uma arrecadação de R$ 1,5 bilhão por meio de naming rights. A "Arena Events + Venues" também foi responsável por este estudo. Contudo, membros da nova diretoria expressam internamente que o projeto apresentado pela gestão anterior não parecia viável, principalmente sob uma ótica financeira. Há uma expectativa de que o estudo da FGV confirme essas desconfianças e aponte a necessidade de revisar o cronograma de inauguração.

As discussões sobre o estádio estão sendo conduzidas com sigilo e tratadas exclusivamente pelo Conselho Diretor, o que demonstra a importância e a complexidade do tema. A nova gestão busca um projeto que não apenas atenda às necessidades do clube, mas que também seja financeiramente sustentável a longo prazo.

Debates com a Prefeitura e Prazos Legais

O novo estudo de viabilidade servirá como base para as negociações com a Prefeitura do Rio. De acordo com o edital do leilão, o Flamengo tem até fevereiro de 2026 para apresentar o projeto final, 18 meses após a assinatura do Termo de Promessa de Compra e Venda, que ocorreu em 16 de agosto de 2024. Após a aprovação do projeto, o clube tem um prazo de 36 meses para executar a obra, ou seja, três anos.

A gestão de Bap busca prorrogar esses prazos, conforme previsto em lei. A Prefeitura do Rio já confirmou o início de novas conversas com a diretoria do Flamengo para discutir suas intenções em relação à construção do estádio. Segundo comunicado oficial, "A Prefeitura do Rio já iniciou os debates com a nova diretoria do Flamengo para saber de suas pretensões em relação à construção do estádio do clube".

Questões Adicionais e Desafios

Adicionalmente, um despacho da Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar, publicado em dezembro, garantiu que a desapropriação do terreno não altera a concessão da Naturgy, que utiliza parte da área para o abastecimento de gás. A prefeitura esclareceu que o despacho se refere aos equipamentos da concessionária, e não ao terreno em si, indicando que será necessário transferir esses equipamentos para outro local antes do início das obras.

Este processo de transferência representa um custo adicional, cuja responsabilidade (se do Flamengo ou da prefeitura) ainda está em aberto. A nova gestão do Flamengo , portanto, enfrenta o desafio de não apenas planejar a construção do estádio, mas também de resolver questões logísticas e financeiras que surgiram junto com o projeto. A reavaliação do projeto do estádio do Gasômetro representa um passo crucial para o futuro do clube, demonstrando um compromisso com a viabilidade e sustentabilidade a longo prazo.

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Comentado em 21/01/2025 07:50 Tomara que essa nova gestão faça o estádio sair do papel! É o que a gente merece, mano!
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