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Renato Gaúcho: Ídolo Dividido Entre Flamengo e Fluminense Almeja a Seleção

Por Redação Flapress em 15/03/2025 13:10

Renato Gaúcho: Um Ícone Carioca com DNA Gaúcho

Embora nascido no Rio Grande do Sul, Renato Gaúcho personifica a alma carioca. Com passagens marcantes por Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, tanto como jogador quanto como treinador, ele construiu uma história rica no futebol do Rio de Janeiro, com destaque especial no Rubro-Negro e no Tricolor, que protagonizam o clássico estadual.

O Gol de Barriga e a Eterna Gratidão Tricolor

Renato é o autor de um dos gols mais emblemáticos da história do Fluminense: aquele marcado com a barriga, que garantiu o título carioca de 1995 no ano do centenário do Flamengo . Três décadas depois, a autoconfiança que sempre o caracterizou cedeu espaço à modéstia ao ser questionado sobre a importância desse gol em sua trajetória. Ele também compartilhou a complexa relação de "amor e ódio" que mantém com as duas torcidas.

Em entrevista ao Globo Esporte, Renato Gaúcho declarou: "O torcedor do Fluminense é o que mais festeja. Em compensação, o que eu escuto de elogio de um lado, tem crítica do outro lado por parte da torcida do Flamengo . Eu escuto até hoje. Sem dúvida alguma é um dos gols mais importantes da minha carreira, de um título que o Fluminense não conquistava há nove, dez anos... Muitos problemas, salários atrasados, e a gente conseguiu dar alegrias à torcida do Fluminense. Mas até hoje, 30 anos depois, escuto elogios de um lado e críticas do outro".

A Dualidade de Ser Ídolo em Flamengo e Fluminense

Apesar do brilho no Fluminense e da adoração da torcida tricolor pelo gol de barriga, Renato já era um ídolo no Flamengo . Campeão brasileiro (1987) e da Copa do Brasil (1990) pelo Rubro-Negro, ele expressa a dificuldade de compreender o reconhecimento de ambas as torcidas.

Renato relembrou: "Eu conquistei Taça Guanabara, Campeonato Brasileiro de 1987, Copa do Brasil de 1990... Meu maior sonho era vestir a camisa do Flamengo no Maracanã jogando ao lado do meu grande ídolo, que é o Zico. E no ano que eu cheguei, em 1987, eu pude concretizar esse sonho e ser campeão brasileiro abraçando e sendo abraçado pelo Zico. Eu ganhei a Bola de Ouro (melhor jogador do campeonato), inclusive, joguei muito naquele ano. Para mim foi unir o útil ao agradável".

E completou: "É difícil você jogar nesses dois clubes e ser ídolo. Até hoje os torcedores do Fluminense quando me encontram tiram foto com a mão na barriga, os flamenguistas me vaiam no jogo do Zico, mas tiram foto quando me encontram... É uma coisa que não entrou na minha cabeça. Ser ídolo desses dois clubes é difícil de entender".

As Amargas Derrotas na Libertadores e a Busca Pela Superação

Apesar de ter conquistado a Conmebol Libertadores com o Grêmio em 2017, Renato Gaúcho almejava o tricampeonato como treinador. No comando de Fluminense e Flamengo , ele chegou às finais de 2008 e 2021, mas amargou o vice-campeonato em ambas as ocasiões. Pelo Tricolor, a derrota veio nos pênaltis contra a LDU. Já no Rubro-Negro, o revés ocorreu diante do Palmeiras, na prorrogação, após um erro crucial de Andreas Pereira. Portaluppi considera essas duas derrotas, juntamente com o Brasileiro de 1992 (quando atuava pelo Botafogo), como suas maiores frustrações.

Lições Aprendidas e a Visão Otimista do Trabalho no Flamengo

Renato Gaúcho deixou o Flamengo após a derrota em Montevidéu sob intensas críticas, mas avalia seu trabalho de forma positiva. Ele destaca os números alcançados, relembra os desafios enfrentados devido a lesões e afirma ter realizado um sonho. Segundo ele: "Era um dos meus sonhos (treinar o Flamengo ), e a torcida sempre cobrava por causa do gol de barriga. Eu fiz um grande trabalho como técnico do Flamengo , os números estão aí, mas infelizmente nós não conquistamos nenhum título. A Libertadores por pouco escapou, o Andreas pisou na bola, a gente tinha grandes chances de conquistar. A história seria outra. Futebol é assim mesmo, é cheio de surpresa. Mas tenho certeza que o tempo que fiquei no Flamengo eu fiz um grande trabalho, meus números só ficam atrás do Jorge Jesus. Tive 70% e pouco de aproveitamento e com muitos problemas de jogadores no departamento médico. Futebol é assim, não adianta ficar lembrando somente do passado. Tem que buscar o melhor".

O Almejado Trono da Seleção Brasileira

Após concretizar o desejo de treinar o Flamengo , Renato Gaúcho agora ambiciona o comando da Seleção Brasileira. Já cotado em outras ocasiões para assumir o cargo, ele revela que continua trabalhando para alcançar esse objetivo. "Treinar a seleção brasileira. É um sonho que todo treinador deve ter. Quando eu comecei no Grêmio, com 18 anos, eu sonhava em chegar na seleção brasileira. Com 19 eu cheguei e fiquei lá dez anos. Eu tenho o sonho, não sei se vou chegar, mas tenho que ter esse sonho. Tive quando jogador e fiquei por dez anos. Eu procuro fazer os melhores trabalhos nos clubes para ter resultado e chegar na seleção brasileira. Se vou chegar eu não sei, mas é um sonho que tenho", declarou.

Retorno Imminente aos Gramados e a Busca Por um Novo Desafio

Afastado dos gramados desde o final do ano passado, quando deixou o Grêmio, Renato Gaúcho revela que está próximo de retornar à área técnica. Após negociações com Vasco e Santos para a temporada 2025, o treinador expressa o que busca em seu próximo projeto. "A qualquer momento. Já deu para descansar um pouco, estão tentando acabar com esse descanso, mas estou resistindo. Uma boa oferta vai me tirar do descanso. Um time bom também ajuda."

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