Rossi: Amuleto amarelo e sonhos de glória em Buenos Aires

A camisa amarela e os talismãs de Rossi

Após brilhar na altitude de La Paz, Rossi conquistou o carinho dos torcedores do Flamengo. Em meio às homenagens, surgiu uma imagem sua ao lado de Diego Alves, com a frase: "O uniforme amarelo de goleiro do Flamengo é pesado demais!".

A amarelinha, eternizada por Raul Plassmann e Diego Alves , ressurgiu nos jogos da Libertadores contra Millonarios e Bolívar, em que Rossi precisou usá-la por exigência da Conmebol. Para o mata-mata, o clube resgatou a antiga camisa e a inscreveu no torneio.

Rossi , que já joga com talismãs nas luvas (nomes dos pais, esposa e filho), adotou também a camisa amuleto. "É uma camisa muito bonita, dá para usar", afirmou em entrevista ao ge.

Sonhos de glória em Buenos Aires

Curiosamente, Rossi ainda não enfrentou nenhum time argentino na Libertadores. Mas a final do torneio será em Buenos Aires, sua terra natal. E ele não esconde o sonho de chegar lá:

"Se a gente chegar, e nós vamos procurar isso, vai ser muito importante jogar lá na Argentina. E tem a questão de eu ter jogado no Boca e talvez a final ser no estádio do River. Acho que vai ser mais importante ainda, com a família toda e amigos apoiando lá", declarou.

Ousadia e evolução

Rossi chegou ao Flamengo em 2023, após uma ousadia do clube em tirá-lo do Boca Juniors. "Não tive que pensar muito, só na família", disse sobre a decisão.

Apesar de ter passado pela Arábia Saudita, Rossi se adaptou rapidamente ao Flamengo . "Cheguei depois de um mês de férias sem muito ritmo, mas fiz a estreia contra o Goiás e comecei a jogar, a me sentir melhor", relatou.

Liderança e identificação

"Posso ajudar alguma coisa falando com os capitães, Arrasca, Gerson e BH", afirma Rossi sobre sua liderança. Ele destaca a confiança na comissão técnica e no clube.

"Mesmo que eu pareça tímido, não sou maluquinho e nem que não fico chateado com nada. No momento de falar uma coisa eu sou direto. Se tiver que falar algo para ajudar ou corrigir, estou aí", acrescentou.

Crescimento e dificuldades

Rossi destaca o crescimento do grupo após a Copa América, apesar das perdas importantes. "Ajudou muito a força do grupo", afirmou.

Ele também reconhece as dificuldades enfrentadas na temporada, como a derrota para o Botafogo e a classificação sofrida na Bolívia. "Ainda faltam 15 jogos no Brasileirão, 45 pontos, ninguém sabe o que pode acontecer", disse.

Experiência e cera

Rossi admite que a experiência ajuda a dar um respiro nos jogos. "Acontece muito. Qualquer time que vem no Maraca contra a gente, a maioria dos goleiros faz cera num momento para dar um respiro", afirmou.

"Se não jogar na altitude, também pode fazer se estiver sofrendo, é coisa do jogo. Tantos anos de carreira me fazem saber o momento que podemos fazer aquelas coisas", concluiu.