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Dorival Jr. encontra o maestro do meio-campo no Rio de Janeiro
Por Redação Flapress em 20/11/2024 05:40
A busca pelo maestro: uma incursão pela Europa
A trajetória de Dorival Júnior à frente da seleção brasileira apresentou uma estratégia inicial curiosa na formação do meio-campo. Inicialmente, o treinador optou por uma formação majoritariamente composta por jogadores atuando no futebol inglês. De dez meio-campistas chamados, sete atuavam em clubes ingleses, uma escolha que gerou debates e questionamentos.
Clubes como Newcastle, Fulham, Aston Villa, Wolverhampton e West Ham tiveram seus representantes na equipe nacional. Entretanto, a performance desses clubes na liga inglesa não refletia o mesmo brilho na seleção. No momento das convocações, nenhum destes clubes estava entre os seis melhores da liga, e considerando a temporada anterior, apenas o Aston Villa se encontrava nesse patamar.
Essa dependência de jogadores de clubes ingleses menos expressivos na elite do futebol mundial levantou questionamentos sobre a estratégia de convocação, gerando discussões sobre a qualidade e a competitividade da escolha. A busca por um equilíbrio e um desempenho mais consistente na seleção tornou-se evidente.
A mudança de estratégia e a ascensão de Gerson
A equipe inicial de Dorival Júnior, em sete dos oito primeiros jogos, utilizou um trio de meio-campistas exclusivamente ingleses: João Gomes, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá. Apenas a partida contra o México, onde o treinador optou por escalar reservas, quebrou essa sequência.
André, do Wolverhampton, entrou no time titular substituindo João Gomes na nona partida, formando um novo trio que atuou nas partidas contra Equador e Paraguai. Em seguida, contra o Chile, Paquetá foi recuado para o lado de André, uma alteração tática que não surtiu o efeito desejado, resultando em mudanças para o jogo seguinte.
Foi contra o Peru que Gerson, do Flamengo, finalmente teve sua chance e se firmou na equipe. Sua boa entrada na segunda etapa da partida contra o Chile abriu caminho para sua titularidade ao lado de Bruno Guimarães contra o Peru. Outros jogadores que passaram pela seleção e atuaram na liga inglesa nesse período foram Andreas Pereira, Douglas Luiz e Casemiro.
O talento local e a consolidação da dupla
Gerson e Pablo Maia, do São Paulo, foram as únicas exceções à regra dos jogadores da liga inglesa, destacando a presença de talentos brasileiros no cenário nacional. Éderson, da Atalanta (ITA), completava a lista de meio-campistas convocados, demonstrando a busca por jogadores em diferentes ligas.
Bruno Guimarães e Gerson consolidaram suas posições como titulares da seleção, iniciando os três últimos jogos do período analisado. O destaque, porém, ficou por conta de Gerson , que inclusive marcou um gol contra o Uruguai, demonstrando sua importância para a equipe.
A próxima convocação está marcada para março. Caso a tendência se mantenha, Dorival Jr parece ter encontrado, sem precisar sair do Rio de Janeiro, o maestro ideal para o meio-campo da seleção brasileira rumo à Copa do Mundo de 2026, um jogador que já demonstrava seu talento no cenário nacional.
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