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TJD-RJ Suspende Preventivamente Jogadores e Árbitro do Clássico Flamengo-Botafogo
Por Redação Flapress em 15/02/2025 10:30
Punições Preventivas Após Clássico Agitado
O Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (TJD-RJ) tomou medidas enérgicas em resposta aos incidentes ocorridos no término da partida entre Flamengo e Botafogo, na última quinta-feira. A corte determinou a suspensão preventiva, por um período de 30 dias, do árbitro VAR Paulo Renato Moreira da Silva Coelho, bem como dos jogadores Alexander Barboza e Alex Telles, ambos do Botafogo, e Cleiton, atleta do Flamengo . A decisão visa apurar as responsabilidades e manter a integridade do processo desportivo.
A promotoria do órgão solicitou a liminar, que foi acatada parcialmente pelo presidente do tribunal, Dilson Neves Chagas. Embora tenha rejeitado a suspensão do árbitro Bruno Mota Correia, o pedido de afastamento dos demais envolvidos foi aceito, resultando na suspensão preventiva por 30 dias. O caso será levado a julgamento no TJD-RJ na próxima quarta-feira, dia 19, onde as sanções definitivas poderão ser aplicadas.

O Estopim da Confusão Generalizada
De acordo com o relato do árbitro Bruno Mota Correia na súmula da partida, o jogador Barboza foi o responsável por "iniciar uma confusão generalizada" ao provocar Bruno Henrique logo após o apito final. A escalada da tensão culminou com a expulsão de Cleiton , que desferiu um soco no rosto do zagueiro alvinegro, resultando na perda de um dente. Gerson também recebeu o cartão vermelho por "trocar empurrões persistentemente" com Barboza, atitude que, segundo o árbitro, "incitou e inflamou ainda mais a confusão generalizada".
Após a partida, o árbitro Bruno Mota Correia analisou as imagens da transmissão para avaliar a necessidade de expulsar outros jogadores. No entanto, optou por manter a punição apenas ao trio inicialmente expulso, justificando a decisão com a ausência de câmeras na zona mista, local onde ocorreu a segunda parte da confusão.
O Relato do Delegado e a Implicação de Alex Telles
O delegado do jogo, Marcos Vinicio de Abreu Trindade, também elaborou um relatório detalhado sobre os incidentes, no qual citou o lateral-esquerdo Alex Telles, do Botafogo, como um dos participantes da segunda parte da confusão. Segundo o relato do delegado, enquanto o elenco alvinegro aguardava a passagem do Flamengo pelo túnel de acesso ao gramado, Alex Telles proferiu as seguintes palavras:
"Vamos ficar aqui, vamos esperar eles. (...) Não vamos sair daqui, vamos esperar eles. Vai se f*der, você não viu o que o jogador deles fez? Aí você não faz nada."
A declaração de Alex Telles, conforme registrada no relatório do delegado, demonstra um comportamento incitador e passível de punição, o que contribuiu para a decisão do TJD-RJ de suspendê-lo preventivamente.
O VAR e a Falta de Ação em Lance Crucial
A suspensão preventiva do árbitro VAR Paulo Renato Moreira da Silva Coelho decorre da sua omissão em não recomendar a expulsão de De la Cruz após uma falta considerada violenta em Matheus Martins. A decisão do TJD-RJ em punir o árbitro VAR reflete a crescente preocupação com a qualidade da arbitragem e a necessidade de garantir a aplicação correta das regras do jogo.
A controvérsia em torno da atuação do VAR reacende o debate sobre a sua eficácia e a necessidade de aprimorar os critérios de utilização da ferramenta. A falta de intervenção em lances cruciais, como a falta de De la Cruz em Matheus Martins, mina a credibilidade do sistema e gera questionamentos sobre a sua real contribuição para a justiça desportiva.

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